(Algumas) pequenas coisas que (ainda) me fazem apaixonar
O meu amor escuta canções antigas e gosta de filmes que eu não compreendo. Não come pipocas no cinema nem chocolate no geral.
O meu amor não é o tipo de pessoa que descarta o que está estragado; é o tipo de pessoa que vai ao armário buscar a sua mala de ferramentas e que se senta no sofá com ar intelectual a tentar arranjar solução — mesmo quando o objecto danificado é um mero porta-chaves em forma de ursinho cuja argola se abriu.
O meu amor lembra-se das coisas pequeninas que lhe conto, mas raramente decora uma data de aniversário por mais importante que a pessoa seja para ele.
O meu amor é uma pessoa sensível que acredita muito no amor e nas pessoas; chorou comigo a ver o Divertida Mente, chora com as coisas boas e bonitas que acontecem aos outros, com as cartas que lhe escrevo à mão e… bom, chora bastante, felizmente de felicidade.
O meu amor é bom a fazer contas, a falar inglês e a conduzir, como se a matemática, as línguas e a condução fossem coisas simples. Espirra muito e está sempre com um lenço ranhoso no bolso… e no carro… e debaixo da almofada.
O meu amor segura portas para que os que o acompanham passem primeiro e beija sempre a testa da mãe. Tem ternura no olhar e açúcar em pó nos beijinhos que entrega. É bom com trabalhos manuais e sempre dá o melhor de si.
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