Eu sou só uma rapariga
Não avanças, mas vais sondando como quem testa as águas antes de mergulhar. Não avanças, mas procuras recorrentemente nas minhas palavras o conforto de saber que é para ti que escrevo. Não avanças, mas sabes que te espero e que às vezes esperar (me) dói.
Eu sou só uma rapariga que escreve às três pancadas (sobre) o que está a sentir. Sou só uma rapariga que se encanta com as pequenas coisas (e que se desencanta na mesma velocidade, com coisas ainda mais pequenas). Sou só uma rapariga confusa, que deixas confusa sem te aperceberes. Ou é de propósito? Ou vais sondando como quem testa as águas antes de mergulhar, mas não avanças porque não fazes questão de te banhar no meu mar? Ou procuras recorrentemente nas minhas palavras o conforto de saber que é para ti que escrevo, mas não avanças porque não falamos a mesma língua? Ou sabes que te espero e que às vezes esperar (me) dói, mas não avanças porque te é indiferente ter acesso à nudez dos meus sentimentos?
Eu sou só uma rapariga... Não podes ceder?