Olá e até já
Já não passava por aqui há algum tempo, e agora que voltei vejo que continua tudo igual por estes lados: não há templates novos nem desafios de escrita. Parece-me também não haver propriamente novidades desse lado para eu ficar feliz deste. É o que é. A vida acontece.
Este texto é especial. É o primeiro texto que escrevo na nossa casa. Já me mudei oficialmente para cá e está a correr tudo bem. A vida a dois é regada de desafios, mas acho que nos temos safado muito bem até agora. Estou feliz dentro do possível, e digo isto porque embora esteja mesmo feliz, há uma parte de mim a sofrer — vai haver sempre...
Gosto tanto de estar aqui. Tenho muitos vizinhos, coisa que sempre quis, e embora não os conheça e praticamente nem os veja, é simpático nunca me sentir sozinha, nem mesmo quando o meu homem sai para jogar com os amigos, como é o caso desta noite.
Cá em baixo mora um doguinho chamado Nick que é muito grande e fofinho. Já temos cortinados na sala e são do tom que eu gosto. O meu homem arranjou-me um toucador lindo, digno de uma princesa. Há plantas na varanda, na sala e na casa de banho. Percebemos que (algum)as velas do IKEA são uma banhada. E tantas, tantas outras coisas...
O que posso contar mais? O trabalho continua igual. Às vezes só quero sair dali; outras vezes sinto que mais vale deixar-me estar. "Lá fora" as coisas não são fáceis, e embora isso nunca deva ser desculpa para se ficar preso a algo mau, agora com as responsabilidades de uma menina-mulher é normal eu ter receio de arriscar (certo?).
Com isto de termos a nossa casa acabamos por estar mais ocupados a tratar dela ou a tentar distribuir o nosso tempo pelas nossas pessoas. Contudo, domingo passado fomos passear só os dois, como antigamente, e soube tão bem. Soube tão bem por vários motivos: porque sentia saudades, porque foi bom não termos horários a cumprir, porque o tempo estava agradável, o dia estava leve, o mar estava lindo. E eu vi um pedido de casamento (*gritos histéricos*). Nunca tinha visto um ao vivo e não imaginava que fosse tão emocionante. Para mim foi um momento-estrela-cadente que tão cedo não vou esquecer. :')
Continuo a tentar ser melhor. Melhor para mim, para os outros. Melhor para o mundo. Não é fácil. Aliás, acho que vai sempre ser a minha maior luta... Mas continuo.
Não sei o que o futuro me reserva daqui para a frente. É como se eu não tivesse propriamente sonhos que tenho mesmo de realizar. E ao contrário do que eu sempre achei nunca me senti tão leve. Paris pode esperar! Estou tão mais calma que já nem sinto urgência em fazer planos. A vida é tão, tão mais bonita sem uma lista de afazeres.